Dicas de Ofertas e Cupons de Descontos.
A Asus subiu de nível no segmento de smartphones com o lançamento do Zenfone 3. Mais refinado e com promessa de desempenho suficiente para o dia a dia, o aparelho se mostrou um bom concorrente para o Moto Z Play, da Lenovo. O preço sugerido do Zenfone 3 é de 1.899 reais. Mais caro do que o Zenfone 2, sucesso de vendas no segmento intermediário em 2015, o novo gadget busca atingir um público mais exigente. Com o lançamento do produto, o seu antecessor será descontinuado, segundo a Asus. Confira, ponto a ponto, o review do Zenfone 3 a seguir.
O Zenfone 3 ganhou revestimento em vidro Gorilla Glass, assim como o Galaxy S7, e ficou mais fino. Ele tem 6,16 mm de espessura (ou 7,69 mm quando considerada a protuberância da câmera traseira). Apesar da finura, o conector para fones de ouvido (3,5 mm) ainda está lá, localizado na parte superior do aparelho.
A ergonomia do aparelho não se mostrou melhor do que na geração passada. Ele é bastante liso, o suficiente para escorregar da mão em momentos de descuido. A parte traseira agora é plana, e não mais curvada como Zenfone 2.
A mudança de design claramente foi em prol de um posicionamento do produto em um patamar superior ao do Zenfone 2.
A tela agora tem 5,5 polegadas e resolução Full HD. Ela tem brilho acima da média, chegando a 600 nits. Para efeito de comparação, o Moto Z Play tem cerca de 300 nits. Isso ajuda especialmente a ver o conteúdo do celular sob forte incidência de luz solar. A taxa de aproveitamento da parte frontal do produto é alta, são 77,3%. Isso ajuda a reduzir as dimensões do smartphone, ao mesmo tempo que permite que a tela seja grande. Vale notar que as laterais do aparelho são de metal.
A parte traseira do Zenfone 3 perdeu o botão de volume visto no Zenfone 2, mas ganhou algo ainda melhor: um sensor de impressões digitais. Localizado abaixo da câmera, o componente permite o desbloqueio de tela (com suporte ao cadastro de até cinco dedos) e também permite algumas interações, que podem ser ativadas no menu Configurações, no item chamado “Impressão digital”.
Ali, você pode habilitar atalhos para iniciar a câmera com dois toques no sensor biométrico, tirar uma foto com um toque quando o app da câmera estiver aberto e até mesmo atender chamadas. Este último é particularmente prático. Quando atendemos a uma chamada telefônica, naturalmente posicionamos o dedo indicador no local em que o leitor de digitais está. Atender ligações no Zenfone 3 é tão simples quando levar o aparelho à orelha.
A câmera principal do Zenfone 3 tem sensor de 16 MP com abertura de f/2.0. Isso significa que ele tem a capacidade de captar muitas informações de luz no ato do “clique”, o que ajuda a deixar as imagens mais nítidas em situações diversas. O flash LED dual tone também está lá para gerar bons resultados em locais parcialmente escuros.
As cores das fotografias feitas com o Zenfone 3 prezam pela fidelidade. Algumas fabricantes, como a Samsung e a Lenovo, calibram suas câmeras para saturar um pouco as imagens, realçando as cores dos objetos. Cabe ao usuário julgar se prefere fotografias fidedignas ou com uma pitada de saturação. Em ambos os casos, comparando especificamente o Zenfone 3 ao Moto Z Play, os resultados são ótimos.
O Zenfone 3, como de costume, tem uma série de modos de fotografia. Você pode escolher um deles manualmente, caso o modo automático não gere o resultado que você gostaria. O recurso que se destaca é o chamado Depth of Field, traduzido como profundidade de campo pela Asus.
Ele permite que você coloque um objeto ou pessoa em primeiro plano enquanto deixa o fundo fora de foco. Algumas fotos são tiradas e automaticamente combinadas em uma só. Desta forma, você pode escolher o quando o objeto em foco ficará terá seu entorno desfocado.
A câmera frontal tem sensor de 8 MP e também tem recursos de software. É possível, por exemplo, ativar o HDR (que combina imagens com tempos de exposição diferentes para obter melhor taxa de brilho e contraste) ou gravar vídeos em câmera lenta e gifs.
O Zenfone 3 tem processador Qualcomm Snapdragon 625 octa-core, assim como o Moto Z Play. Essa é uma diferença importante para a Asus e marca o fim do uso de chips da Intel, que consumiam muita bateria, segundo a própria fabricante. Apesar do ótimo desempenho do processador, não houve grande melhora na gestão de energia, segundo nossos testes.
A memória RAM da versão avaliada tem 4 GB e há 64 GB de armazenamento interno, com suporte para cartões microSD de até 2 TB.
Um ponto que vale menção é a conectividade Wi-Fi do Zenfone 3, que está no padrão 802.11ac, pouco comum entre os smartphones intermediários. Essa conexão ajuda a aumentar a velocidade da navegação em redes Wi-Fi, desde que os roteadores também tenham suporte a esse padrão de conectividade.
A GPU Adreno 506 deu conta de executar jogos considerados pesados, como Real Racing 3, sem problemas de performance perceptíveis a jogadores casuais.
Nos benchmarks, testes de performance medidos por apps, o Zenfone 3 obteve bons resultados.
Benchmarks | Moto Z Play | Moto Z | Galaxy S7 edge | LG G5 SE | Zenfone 3 |
---|---|---|---|---|---|
AnTuTu | 62944 | 58.861 | 129618 | 62337 | 62672 |
Basemark OS II | 1089 | 2261 | 2551 | 1077 | 1276 |
Geekbench 4 | 2510 | 2813 | 6415 | 4036 | 3990 |
Vellamo | 3316 | 3392 | 5201 | 3293 | 3316 |
Clique aqui para comprar Zenfone 3 mais barato!
O Zenfone 3 tem a personalização do Android chamada ZenUI 3.0. Ela modifica o visual do sistema do Google ao mesmo tempo que dá a ele mais recursos. Os já citados modos de foto são exemplos disso. Mas há muito mais. O foco desses recursos é dar opções ao consumidor que tem intimidade com tecnologia.
O aplicativo da Asus mais interessante presente no Zenfone 3 é o Asus Mobile Manager. Nele, dá para fazer coisas como mudar o modo de gestão de bateria; medir o uso de dados de internet móvel; ver quais apps mandam mais notificações; limpar a memória RAM e gerenciar as permissões de aplicativos.
O assistente de áudio é outro app interessante. Ele dá ao usuário o poder de controlar o som do celular de acordo com a sua preferência. Dá para escolher modos pré-programados, mas também é possível alterar manualmente a intensidade de frequências graves e agudas e gerenciar a equalização sonora.
A ZenUI é um mundo de recursos e aplicativos a ser explorado pelo consumidor. Se você gosta de descobrir aos poucos o seu smartphone, ele é um bom candidato à sua próxima compra.
A duração de bateria do Zenfone 3 não mudou muito em relação ao Zenfone 2. Foram 8 horas e 30 minutos de simulação de uso intenso. Esse tempo é maior do que o obtido por seu antecessor.
Vale notar, porém, que o método do INFOlab mudou ao longo de 2016, deixando de lado os vídeos offline reproduzidos no app VLC pelos vídeos vistos na Netflix. Outro parentêsis necessário é para dizer que o teste do Zenfone 3 foi feito com o modo Normal ativo, e não o modo Performance, que exige mais do processador.
Para o cotidiano, o Zenfone 3 dá conta do recado se você não é do tipo de pessoa que está sempre com o celular nas mãos.
O carregador do Zenfone 3 é do padrão USB Type-C. Isso significa que você precisará tê-lo sempre por perto, já que esse tipo de conector não é tão popular quanto o microUSB atualmente.
O Zenfone 3 é um smartphone para pessoas com conhecimentos sobre tecnologia. Ele vem com recursos que devem agradar ao público “geek”, muitos deles no app Asus Mobile Manager. O visual é bom e as fotografias não deixam a desejar. Só o que faltou foi uma duração de bateria mais longa. Se esse último ponto for crucial na sua escolha, é melhor escolher o Moto Z Play, que tem a melhor duração de bateria da atualidade. Ainda assim, o visual de primeira linha aliado à boa performance do Zenfone 3 devem também agradar aos consumidores brasileiros.
NOTA 8,5/10
Prós: Design refinado, sensor de digitais e preço competitivo
Contras: Duração da bateria poderia ser melhor